12 tendências que devem ser implementadas na gestão de pessoas em 2023
A princípio o desenvolvimento e a capacitação da liderança (50,8%), a cultura organizacional (34,8%) e a comunicação interna (29,1%) serão as três principais prioridades das áreas de gestão de pessoas no Brasil em 2023.
Sobretudo as informações constam em uma pesquisa inédita da consultoria global Great Place To Work (GPTW) e do Great People, ecossistema de marcas que apoiam empresas na construção de ambientes de trabalho mais saudáveis. Contudo o estudo ouviu 1.716 executivos, sendo 63,2% de recursos humanos e 36% em cadeiras de gerência e diretoria.
De acordo com a diretora de conteúdo e relações institucionais do Great People, Daniela Diniz, é a segunda vez que a capacitação dos líderes ocupa o primeiro lugar da lista de prioridades das companhias.
“O mundo do trabalho mudou e há mais gerações trabalhando juntas. É preciso desenvolver as chefias para um novo contexto de produção, que exige mais flexibilidade, humanidade e, ao mesmo tempo, eficiência e resultados”, explica.
O trabalho mostra que as características mais valorizadas das lideranças pela cúpula das organizações são empatia e gestão humanizada (46,8%), conhecimento do negócio, produtos e serviços (43,2%), alinhamento com a estratégia (41,4%), resiliência e adaptação às mudanças (35,6%).
Incertezas e contratações
Contudo a especialista também destaca a incerteza do brasileiro quanto ao cenário de trabalho. Bem como no ano passado, o índice de “incerteza” marcou 19% e, em 2023, subiu para 30,5%. Nesse sentido já a taxa de “otimismo”, que mede os sentimentos positivos em relação ao ano, caiu de 80% para 67,8%, no mesmo período.
Além disso a escassez de vagas no mercado de trabalho pode ser uma das razões para o derretimento da confiança dos profissionais. De acordo com o relatório, apesar de 54,7% das empresas afirmarem que pretendem aumentar o número de empregados em 2023, 27,6% não planejam fazer contratações e 5,3% estudam a possibilidade de realizar demissões.
“Houve desaceleração nas contratações da área de Tecnologia da Informação (TI), reforçando o cenário de demissões em alta”, pondera Daniela. “Esse setor sempre foi o mais aquecido nas pesquisas anteriores mas, este ano, despencou para o terceiro lugar, o que indica que ainda poderemos ver ajustes nos times das empresas do ramo”.
Ou seja segundo o relatório, os departamentos que as diretorias mais desejam reforçar com admissões são suporte e operação (30,5%), relacionamento e vendas (30,2%) e tecnologia (26,6%).
Prioridade na gestão de pessoas
Outros temas que aparecem como prioridade na gestão de pessoas estão a experiência do colaborador (28,3%), a saúde mental (27,4%) e novas políticas/formatos de trabalho (21,6%). Confira o ranking completo abaixo.
Dessa forma a executiva mostra preocupação sobre as diretrizes de saúde mental adotadas pelas organizações. Em conclusão a análise aponta que menos da metade das empresas (49,7%) tem um orçamento direcionado para área em 2023, bem abaixo da parcela (90%) das marcas listadas no ranking As Melhores Empresas para Trabalhar em 2022, elaborado pelo Great Place To Work, que adotava práticas relacionadas ao bem-estar.
“Se olharmos para os números desse pilar, ainda percebemos poucas estratégias efetivas para lidar com a questão”, diz a CEO do Great Place To Work, Tatiane Tiemi.
Assim sobre o avanço do ESG, sigla que se refere às melhores práticas ambientais, sociais e de governança, Tiemi considera que há ações pontuais e isoladas nas empresas que, muitas vezes, não “conversam” entre si.
A maioria dos grupos ouvidos no levantamento (23,8%) não tem iniciativas ou políticas estruturadas de ESG, enquanto 18,1% mantêm práticas de sustentabilidade, mas que não são organizadas ou ligadas a movimentos globais.
Por fim, a diretora do Great People ressalta a queda do tema “transformação digital”, que é citado entre os desafios e prioridades das chefias.
“O assunto era a segunda e a terceira preocupação das empresas nas pesquisas entre 2018 e 2021. Em 2022, despencou para o nono lugar e, em 2023, foi para a décima primeira posição. A percepção é que as companhias superaram essa fase e já estão vivendo a era digital”, conclui.
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Fonte: contábeis
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